quarta-feira, 18 de novembro de 2015

O que são radicais livres?

     O modelo atômico de Rutherford-Böhr é utilizado para explicar a existência de radicais livres. De acordo com esse modelo, no átomo existem sete orbitais atômicos, representado pelas letras K, L, M, N, O, P, Q. Esses orbitais possuem energias diferentes e comportam  um número máximo de elétrons em cada orbital. À medida que o orbtial se afasta do núcleo, aumenta a energia dos elétrons localizados neste orbtital.

O átomo de acordo com o modelo de Rutherford - Böhr
  Esse modelo possui três postulados principais:
  1. Os elétrons (cargas negativas) se movem em órbitas circulares em torno do núcleo (cargas posistivas + cargas neutras). Essas órbitas possuem energias definidas, chamadas níveis de energia.
  2. Os níveis de energia são quantizados.
  3. Ao absorver energia, o életron realiza um salto quântico, onde ele move-se de um estado de menor energia (estado fundamental) para um estado de maior energia (estado excitado). Quando o elétron retorna para o seu estado fundamental, ele libera a energia na forma de onda eletromagnética.
     A partir deste modelo, foi possível solidificar os fundamentos previstos pela Teoria do Octeto. Esta teoria previa que os átomos dos elementos formavam ligações químicas com o intuito de preencher a sua camada de valência (última camada). Para alcançar tal estabilidade, era necessário que o átomo atingisse a configuração de um gás nobre, ou seja, oito elétrons na camada de valência. E por isso, a denominação de "Teoria do Octeto".

     Os radicais livres podem ser espécies contendo cargas neutras, positivas ou negativas. São uma exceção à essa Teoria do Octeto, pois possuem número ímpar de elétrons na sua camada de valência, ou seja, possuem elétrons desemparelhados (spins opostos) e isso confere alta reatividade aos radicais. 
     A exemplo disso, tem-se os superóxidos, formados pela redução do oxigênio e que contêm 13 elétrons na sua camada de valência.
Reação de formação do superóxido

Configuração eletrônica do superóxido
     Os radicais livres podem ser formados a partir de basicamente cinco tipos diferentes de reações de síntese:

  1. Homólise da ligação  σ: quebra da ligação σ onde cada átomo leva um elétron da ligação.
  2. Transferência de elétrons (redução):
  3. Substituição:
  4. Adição:
  5. Eliminação:




Postagem criada por: Julliana Renovato - Química Tecnológica






Referências:
ATKINS & JONES. Príncipios de Química: Questionando a vida moderna e o meio ambiente. 5ª Edição. Bookman, 2012.
FERREIRA, A.L.A; MATSUBARA, L.S. Radicais Livres: conceitos, doenças relacionadas, sistema de defesa e estresse oxidativo. Rev Ass Med Brasil, 1997.
CLAYDEN, JONATHAN. Organic Chemistry. Second Edition. Oxford.
A Science Odyssey: People and Discoveries. Disponível em: <http://www.pbs.org/wgbh/aso/databank/entries/dp13at.htm>Acesso em 18 de outubro de 2015.

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